sábado, 10 de julho de 2010


 

A Luz do Mundo

 

R. C. Sproul

R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da Igreja St. Andrews Chapel, na Florida; fundador e presidente do ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências; autor de dezenas de livros, vários deles publicados em português; possui um programa de rádio chamado: Renove sua Mente, o qual é transmitido para uma grande audiência nos EUA e para mais de 60 outros países; Suas graduações incluem passagem pelas seguintes universidades e centros de estudos teológicos: Westminster College, Pennsylvania, Pittsburgh Theological Seminary, Universidade livre de Amsterdã e Whitefield Theological Seminary. É casado com Vesta Ann e o casal tem dois filhos, já adultos.


“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12)”.
Circulavam muitas opiniões sobre a pessoa de Cristo durante seu ministério público. Alguns pensavam que ele era o grande profeta escatológico (dos fins dos tempos – Jo 7.40), enquanto outros achavam que ele era realmente o Messias (Jo 7.41). Essas opiniões quase fizeram com que Jesus fosse preso por causa da desordem que elas causavam (Jo 7.41-43). Entretanto, “ninguém lhe pôs as mãos”, porque “ainda não era chegada a sua hora” (Jo 7.30, 44). O segundo “EU SOU” de Jesus segue esses acontecimentos. Face a face com uma mulher adúltera e com os fariseus, ele declarou: “Eu sou a luz do mundo” (João 8.12)”.
Luz e trevas são temas importantes que encontramos nas Escrituras. Luz é freqüentemente usada para descrever a Deus e sua glória. Em suas epístolas, João nos diz que “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1.5). Jesus, ao chamar a si mesmo de luz do mundo, estava se referindo novamente à sua divindade. Para que não haja dúvida quanto à sua reivindicação, há mais dois relatos dos evangelhos que nos mostram, com clareza, que Jesus compartilhava da mesma luz de Deus, o Pai. O primeira deles é o da transfiguração (Mt 7.1-13), na qual Jesus irradiou, de si mesmo, a refulgente glória de Deus. O fato de que Jesus compartilhava da mesma luz do Pai é também evidente em João 1. Este capítulo nos diz que o Verbo era Deus (1.1) e que este Verbo, que assumiu a forma humana em Jesus Cristo, era a Luz que resplandece nas trevas (1.4).
A referência de Jesus às trevas, em João 8.12, é notável porque a Bíblia usa freqüentemente as trevas como uma metáfora da cegueira espiritual (Sl 107.10; Jo 3.19). Essas trevas não podem reprimir a glória de Deus em Jesus Cristo porque as trevas nunca vencem a luz (Jo 1.5).
Embora as trevas do pecado não obscureçam a glória de Cristo, alguns homens não entendem quem Cristo é. Na ocasião descrita em João 8.13-20, os fariseus rejeitaram o testemunho de Cristo a respeito de si mesmo porque diziam que faltava a segunda testemunha exigida pela lei, a fim de comprovar a sua veracidade. Jesus lhes respondeu dizendo que, mesmo testemunhando sozinho, seu testemunho era suficiente, porque ele sabia de onde viera e para onde estava indo. Jesus viera para cumprir a lei e disse aos fariseus que havia realmente duas testemunhas, o Pai e o Filho. Contudo, os fariseus não entenderam isso porque estavam preocupados somente com os detalhes da lei e não com a Pessoa para a qual esses detalhes apontavam.
Quando lemos as Escrituras, podemos nos tornar excessivamente preocupados com os detalhes e as complexidades de suas exigências, a ponto de esquecermos que toda a Bíblia aponta para Cristo. Enquanto você lê a Bíblia e estuda-a, peça ao Espírito Santo que o ajude a perceber como todos os detalhes nos remetem a Cristo.


www.editorafiel.com.br
www.ligonier.org

Um comentário:

  1. Muito bom esse estudo, pois reforça o que aprendemos no culto de doutrina.

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