sábado, 22 de janeiro de 2011

 A Confissão de Fé de Westminster: Do Arrependimento Para a Vida

 
I. O arrependimento para a vida é uma graça evangélica, cuja doutrina deve ser tão pregada por todo o ministro do Evangelho como a da fé em Cristo. 
At. 11: 18; Luc. 24:47; Mar. 1: 15; At. 20:21. 

II. Movido pelo reconhecimento e sentimento, não só do perigo, mas também da impureza e odiosidade do pecado como contrários à santa natureza e justa lei de Deus; apreendendo a misericórdia divina manifestada em Cristo aos que são penitentes, o pecador pelo arrependimento, de tal maneira sente e aborrece os seus pecados, que, deixando-os, se volta para Deus, tencionando e procurando andar com ele em todos os caminhos dos seus mandamentos. 
Ezeq. 18:30-31 e 34:31; Sal.51:4; Jer. 31:18-19; II Cor.7:11; Sal. 119:6, 59, 106; Mat. 21:28-29. 

III. Ainda que não devemos confiar no arrependimento como sendo de algum modo uma satisfação pelo pecado ou em qualquer sentido a causa do perdão dele, o que é ato da livre graça de Deus em Cristo, contudo, ele é de tal modo necessário aos pecadores, que sem ele ninguém poderá esperar o perdão, 
Ez. 36:31-32 e 16:63; Os. 14:2, 4; Rom. 3:24; Ef. 1: 7; Luc. 13:3, S; At. 17:30,31. 

IV. Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim também não há pecado tão grande que possa trazer a condenação sobre os que se arrependem verdadeiramente. 
Rom. 6:23; Mat. 12:36; Isa. 55: 7; Rom. 8:1; Isa. 1: 18., 

V. Os homens não devem se contentar com um arrependimento geral, mas é dever de todos procurar arrepender-se particularmente de cada um dos seus pecados. 
Sal. 19:13; Luc. 19:8; I Tim. 1:13, 15. 

VI. Como todo o homem é obrigado a fazer a Deus confissão particular das suas faltas, pedindo-lhe o perdão delas, fazendo o que, achará misericórdia, se deixar os seus pecados, assim também aquele que escandaliza a seu irmão ou a Igreja de Cristo, deve estar pronto, por uma confissão particular ou pública do seu pecado e do pesar que por ele sente, a declarar o seu arrependimento aos que estão ofendidos; isto feito, estes devem reconciliar-se com ele e recebê-lo em amor. 
Sal. 32:5-6; Prov. 28:13; I João 1:9; Tiago 5: 16; Luc. 17:3-4; Josué 7:19; II Cor. 2:8.

Extraído do blog: http://blogdoseleitos.blogspot.com
                  A Confissão de Fé de Westminster: Da Fé Salvadora


I. A graça da fé, pela qual os eleitos são habilitados a crer para a salvação das suas almas, é a obra que o Espírito de Cristo faz nos corações deles, e é ordinariamente operada pelo ministério da palavra; por esse ministério, bem como pela administração dos sacramentos e pela oração, ela é aumentada e fortalecida. 
Heb. 10:39; II Cor. 4:13; Ef. 1:17-20, e 2:8; Mat. 28:19-20; Rom. 10:14, 17: I Cor. 1:21; I Ped. 2:2; Rom. 1:16-17; Luc. 22:19; João 6:54-56; Rom. 6:11; Luc. 17:5, e 22:32. 

II. Por essa fé o cristão, segundo a autoridade do mesmo Deus que fala em sua palavra, crê ser verdade tudo quanto nela é revelado, e age de conformidade com aquilo que cada passagem contém em particular, prestando obediência aos mandamentos, tremendo às ameaças e abraçando as promessas de Deus para esta vida e para a futura; porém os principais atos de fé salvadora são - aceitar e receber a Cristo e firmar-se só nele para a justificação, santificação e vida eterna, isto em virtude do pacto da graça. 
João 6:42; I Tess. 2:13; I João 5:10; At. 24:14; Mat. 22:37-40; Rom. 16:26; Isa. 66:2; Heb. 11:13; I Tim. 6:8; João1:12; At. 16:31; Gal. 2:20; At. 15: 11. 

III. Esta fé é de diferentes graus, é fraca ou forte; pode ser muitas vezes e de muitos modos assaltada e enfraquecida, mas sempre alcança a vitória, atingindo em muitos a uma perfeita segurança em Cristo, que é não somente o autor, como também o consumador da fé. 
Rom. 4:19-20; Mat. 6:30, e 5: 10; Ef. 6:16; I João 4:5; Heb. 6:11, 12, 10:22 e 12:2.
Extraído de: http://blogdoseleitos.blogspot.com

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ser Presbiteriano
Que significa ser presbiteriano? De onde vem esse nome? Que é que caracteriza a Igreja Presbiteriana? Num dicionário, pode-se saber que o nome da Igreja Presbiteriana vem do grego presbyteros, palavra que foi simplesmente transliterada para o português com a forma de "presbítero". No grego queria dizer "ancião", "idoso" e era com esta palavra que os escritores do Novo Testamento designavam os dirigentes das igrejas cristãs, mesmo quando eles não eram pessoas idosas. Diz ainda o dicionário que o Presbiterianismo é um sistema eclesiástico que tem seu governo depositado nas mãos dos "presbíteros" e não nas dos "bispos" (sistema episcopal, católico ou não) ou da "assembléia" (como no sistema congregacional). Isto não esclarece muito sobre a natureza e características desta Igreja, mas pelo menos fica-se sabendo de uma coisa: é que, relativamente ao governo eclesiástico, a Igreja Presbiteriana representa um meio termo entre o sistema monárquico-episcopal e o de democracia direta que é praticado nos sistemas congregacionais. Um pouco de história Quando alguém se declara presbiteriano, não está somente a dizer que é partidário de uma determinada forma de governo da igreja e, neste caso, de um sistema democrático-representativo. Para aprofundar o conhecimento do significado do nome desta Igreja, é necessário fazer-se uma incursão hist6rica, ainda que breve. Primeiro, esta Igreja é um ramo da Igreja Cristã Universal, fundada por Jesus Cristo. Historicamente, a Igreja Presbiteriana começou no século 16, com o Reformador João Calvino. Como se sabe, o iniciador da Reforma Protestante foi Martinho Lutero, monge da Ordem de Santo Agostinho. Lutero era, fundamentalmente, um místico e um profeta. A sua ação foi mais de pregador apaixonado que de organizador e sistematizador. Essa função coube mais a Calvino que, por ter formação universitária de jurista e teólogo, bem como por sua maneira de ser e por sua orientação humanista, foi o grande sistematizador das idéias da Reforma. Desde sua conversão ao protestantismo, em 1532, sentiu a necessidade de dar expressão doutrinária às idéias suscitadas pela leitura da Bíblia. Assim surgiram as Institutas ou Instrução na Religião Cristã, o primeiro trabalho de sistematização da teologia protestante. Nesta obra, surgem algumas diferenças em relação ao pensamento do Martinho Lutero. No essencial, Calvino está ao lado do gigante de Wittenberg, mas seu conceito de Igreja é muito mais rico do que o do teólogo alemão. Calvino tinha também maior preocupação quanto ao envolvimento do cristão com a vida da sociedade. Para marcar a posição do autor das Institutas e seus partidários, distinguindo-os da corrente luterana, começou-se a designar aquela corrente doutrinária por calvinista. Mas Calvino, que não desejava que o movimento fosse conhecido por seu nome pessoal, deu a Si próprio e aos seus correligionários a designação de cristãos reformados. E é este o nome que acabou por ser dado a Igreja que constituíram: Igreja Reformada. Organizada a primeira Igreja Reformada na Suíça, em Genebra, outras surgiram pela Europa. Assim foi formada a Igreja Reformada da França, a Igreja Reformada da Holanda, a Igreja Reformada da Alemanha. o sistema do Calvino, mais lógico, mais coerente, tomava rapidamente a dianteira sobre o luteranismo. Na Escócia, um padre e professor da Universidade de Santo André, em Glasgow, chamado João Knox, aderiu às idéias da Reforma e, tendo de exilar-se em Genebra, ali entrou em contato com Calvino, a quem muito admirou. Conquistado de alma e coração pelas doutrinas e métodos desse Reformador, quando voltou à sua terra escreveu um Livro de Disciplina, inspirado no calvinismo, que só tornou o regulamento do protestantismo escocês. É a João Knox e a seu sucessor, André Melville, que se deve principalmente o sistema presbiteriano de governo por ministros e leigos, numa série do concílios, em ordem ascendente, desde o Conselho local (governo da comunidade), Presbitérios (concílios regionais) e Assembléia Geral (sínodo nacional). Como os dirigentes desse sistema eclesiástico são denominados presbíteros (presbítero docente o ministro, presbítero regente o representante do povo), facilmente o sistema se tomou conhecido por presbiteriano. A primeira Igreja com o nome de Presbiteriana apareceu na Escócia, há quatrocentos anos, quando o Parlamento escocês aboliu o catolicismo e declarou este sistema como Igreja oficial da Escócia. Ênfases teológicas Houve tempo em que o Presbiterianismo tinha algumas doutrinas específicas como, por exemplo, a doutrina da predestinação incondicional, mas hoje será mais apropriado falar-se em ênfases teológicas do Presbiterianismo de que em doutrinas específicas. A Igreja Presbiteriana tem uma vocação muito particular para o Ecumenismo verdadeiro. Desde o tempo de Calvino, ela repudiou a idéia sectária que estabelece a necessidade de pertencer a esta ou aquela Denominação Cristã para se obter a salvação, dando ênfase constante a afirmação de que é a fé e somente ela que nos dá acesso a comunhão com o Senhor. Tomando a dianteira nos esforços pela unidade dos diversos ramos da Igreja de Cristo, a Igreja Presbiteriana tem concorrido bastante para o novo espirito de tolerância que se respira na Cristandade. A abertura da Igreja Presbiteriana pode avaliar-se por este exemplo prático: Os pastores presbiterianos podem batizar por aspersão ou por imersão, dando-se importância maior ao conteúdo do que a forma do sacramento. Procura-se, como princípio de tudo, respeitar a consciência dos crentes. As ênfases teológicas a que nos referimos acima podem ser assim resumidas: Declaramos que a Igreja existe não para felicidade pessoal ou para utilidade pública, mas para cultuar e servir a Deus; A fonte da doutrina Cristã e' a Sagrada Escritura, a Bíblia A Igreja é o fundamento do mundo, ou seja, ela e' a comunidade que, por sua vida, deve demonstrar que Deus criou o mundo, com alvo de ser o lugar onde se manifesta a Sua glória. Por ser uma Igreja rica em formulações teológicas, por vezes dá a idéia, ao observador de fora, que não se prende suficientemente a nenhuma formulação particular. É idéia errônea, pois esta Denominação, até aos dias de hoje, aceita e confessa integral e fielmente, as doutrinas do Credo dos Apóstolos e do Credo Niceno. Uma igreja para servir Uma pessoa, depois de ter convivido por algum tempo com presbiterianos manifestou a sua impressão dizendo que os presbiterianos não tem fala do religiosos. Essa pessoa estava habituada a conviver com membros de outras Denominações onde a característica da separação do mundo se nota até no modo do falar. É um fato que entre os presbiterianos a separação não é acentuada exteriormente. Não são os presbiterianos, geralmente, puritanos nem moralistas. Não tem tradição do ascetismo, de fuga do mundo. Sem desprezar a interioridade da fé, sabem que o mais importante não é o que sentem, as experiências místicas, mas o modo como vivem a fé. E isto sem transformar a fé em simples ativismo. Desde o século 16, Os presbiterianos se caracterizam pelo interesse em estudar e conhecer a fé e vivê-la realmente. A tradição mais honrosa desta Confissão é a sua vocação para o serviço. Embora haja Igrejas que a suplantem na vocação evangelística e outras que a suplantem na tradição litúrgica, é indubitável que a Igreja Presbiteriana em todo o mundo se revela possuidora de uma grande vocação para servir a sociedade. Sem autoritarismo nem anarquia A base do sistema presbiteriano é a congregação local. Ela é independente financeira e administrativamente A congregação local elege um conselho denominado Conselho da Comunidade, composto pelo pastor (presbítero docente, que ensina) e por representantes eleitos pela congregação (presbíteros regentes, que administram). As igrejas locais governadas por seu Conselho agrupam-se numa certa área e formam um conselho regional composto por todos os pastores dessa área e por um representante leigo de cada Igreja. A função do conselho regional, o Presbitério, é coordenar as atividades da área. Os vários Presbitérios agrupam-se, por sua vez, formando uma Assembléia Geral, que é a autoridade suprema do sistema presbiteriano. Isto significa que na Igreja Presbiteriana se pratica a democracia representativa: Os crentes elegem os seus deputados, os quais administram a Igreja. o governo é sempre exercida por concílios e nunca por um homem. o presidente da Igreja não tem poder deliberativo fora do seu concílio, a Assembléia Geral, com sua respectiva comissão executiva. Claro que, num país de tradição paternalista e autoritária o sistema presbiteriano por vezes se torna complicado e menos ágil. As pessoas prefeririam um chefe, um cacique. Mas o sistema representativo é uma conquista, um progresso. É interessante que noutras Denominações também se observa a tendência de assumir um governo eclesiástico semelhante ao presbiteriano. Existem cerca do 50 milhões do presbiterianos em todo o mundo. Há Igrejas cristãs maiores, claro. Mas não há dúvida do que a Igreja Presbiteriana tem desempenhado um papel importante na História dos últimos séculos. Tem dado grande contribuição à reflexão teológica. Tem estado atenta aos grandes problemas socais de todos os povos. Tem-se esforçado por levar este mundo a reconhecer o senhoria do Nosso Senhor Jesus Cristo.

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