segunda-feira, 24 de março de 2014

Investindo a 400%


Certa noite, após ter concluído meu último culto, às dez horas, um pobre homem veio pedir-me que fosse orar por sua esposa, dizendo que ela estava moribunda. Concordei de imediato, e a caminho da casa dele perguntei-lhe por que não chamara o padre, posto que seu sotaque me indicava que ele era um irlandês. Segundo explicou, assim o fizera, mas o padre se recusara a vir sem o pagamento adiantado de dezoito pence, que o homem não possuía, porquanto a família estava passando fome.
Imediatamente ocorreu-me que todo o dinheiro que eu tinha neste mundo era uma solitária moeda de meia coroa; além disso, ainda que me esperasse em casa a tijela na qual eu usualmente ia buscar o meu jantar, e mesmo que havia o suficiente para meu desjejum na manhã seguinte, nada me restava para almoçar no outro dia.
O homem me levou por um miserável lance de escada até um destroçado quarto; e que visão se apresentou perante os nossos olhos! “Ah!”, pensei eu, “se eu tivesse dois xelins e seis pence, em lugar de meia coroa, quão alegremente eu lhes daria um xelim e seis pence!” Todavia, uma desgraçada incredulidade impediu-me de obedecer ao impulso de aliviar a aflição deles ao custo de tudo quanto eu possuía.
“Você pediu-me que viesse e orasse por sua esposa”, disse eu ao homem. “Ajoelhemo-nos e oremos”. E nos ajoelhamos. Mas, nem bem eu abrira meus lábios dizendo “Nosso Pai, que estás no céu”, a consciência me acusou dentro em mim: “Ousas zombar de Deus? Tens a coragem de te ajoelhares e de chamares a Deus de Pai, tendo meia coroa no bolso?” Tal foi o conflito que me assaltou, que nunca antes nem depois experimentei igual. Como consegui terminar aquela forma de oração, não sei; nem sei dizer se as palavras tinham nexo ou não; contudo, levantei-me dali com profunda angústia na mente. O pobre pai voltou-se para mim e disse: “O senhor está vendo a triste condição em que nos achamos; se pode ajudar-nos, ajude-nos pelo amor de Deus!” Foi nesse momento que brilharam em minha mente as palavras: “Dá-lhe o que te pede”. Enfiei a mão no bolso e retirei lentamente dali a moeda de meia coroa. Entreguei-a ao homem, dizendo-lhe que aquilo que eu vinha procurando dizer-lhe era realmente verdade – que Deus é mesmo um Pai, e que se pode confiar nEle. A alegria voltou completa ao meu coração. Dali por diante pude declarar toda a verdade com autêntico sentimento, e o empecilho para a bênção desaparecera – desaparecera para sempre, conforme confio.
Lembro-me bem de como naquela noite, quando me dirigia para casa, meu coração sentia-se tão leve quanto o meu bolso. Quando tomei minha tijela de mingau, antes de retirar-me para meu quarto, não a trocaria nem pelo banquete de um príncipe. Ao ajoelhar-me ao lado de meu leito, lembrei o Senhor, pela sua própria Palavra, que aquele que dá ao pobre empresta ao Senhor: roguei-Lhe que o meu empréstimo não fosse por muito tempo, pois doutro modo eu não teria o que almoçar no dia seguinte; então, sentindo paz interior e gozando de tranqüilidade, passei uma feliz noite de descanso.
Na manhã seguinte, minha tijela de mingau não faltou. Antes de terminá-la, ouviu-se o carteiro que batia à porta, e pouco depois a proprietária da pensão veio entregar-me um envelope, com a mão molhada coberta pelo avental. Pus-me a olhar para o envelope, mas não pude atinar de quem era a letra. Era a caligrafia de um estranho, ou uma caligrafia disfarçada, e o carimbo do correio estava borrado. De onde viera, eu não sabia dizer. Ao abrir o envelope, nada encontrei escrito; porém, dentro da folha de papel em branco havia um par de luvas. E, ao abri-las, para minha surpresa caiu meio soberano.
“Louvado seja o Senhor!” exclamei. “Quatrocentos por cento por um empréstimo de doze horas, é um ótimo lucro. Quão satisfeitos ficariam os negociantes de Hull, se pudessem emprestar seu dinheiro a uma taxa tão alta!” E naquele exato instante tomei a resolução de que um banco que não pode falir é que receberia as minhas economias ou proventos, conforme fosse o caso – uma determinação da qual até hoje não me arrependi.

Hudson Taylor (21 de maio de 1832 a 3 de junho de 1905) é conhecido como o "Pai das Missões Modernas", serviu 51 anos como missionário na China.
fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/197/Investindo_a_400


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Não percam!!!!!!!!!!!!!!



Não percam mais um grande evento da Igreja Presbiteriana  de Jucurutu, no próximo sábado, 15 de feveiro!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ordenação Presbiterial do irmão Niedson

Ordenação com imposição de mãos



A Igreja Presbiteriana de Jucurutu viveu neste último domingo dia 24 de novembro mais um momento de alegria, a ordenação ao presbiterato do nosso irmão Niedson Bezerra Lopes. A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma igreja de estrutura eclesiástica conciliar e representativa, na qual o governo da igreja é feito através de concílios composto por representantes eleitos pelas igrejas para esse fim, os presbíteros.   
Pr. Andriel e o Presb Niedson
Conselho da Igreja Presbiteriana de Jucurutu

A IPB entende  que há uma distinção bíblica dentro do Presbiterato, entre os que são chamados prioritariamente à Palavra e os que são chamados à supervisão da Igreja; desse entendimento, surgiu a distinção entre "presbíteros docentes" e "presbíteros regentes" (1Tm 5.17). Os "presbíteros docentes" são os ministros da Palavra e dos sacramentos, simplesmente chamados de  "pastores", enquanto que os presbíteros regentes, comumente chamados apenas de  "presbíteros", ocupam-se prioritariamente do governo (At 20.28). Juntas, as duas categorias de presbíteros pastoreiam o rebanho do Senhor, zelando por sua fé e pureza. Portanto, vemos assim, que grande é a responsabilidade que irmão tem sobre si, que Deus venha abençoar o novo presbítero regente da Igreja Presbiteriana de Jucurutu, capacitando-o para toda boa obra.  


Presb Nieson, Lindalva e Nicolas 


domingo, 3 de novembro de 2013

A Grande Batalha


Todos os homens devem amar a paz. A guerra é um mal imenso, embora seja um mal necessário às vezes. As batalhas são acontecimentos sangrentos e angustiantes, apesar de que, as vezes as nações não podem manter os seus direitos sem as mesmas. Mas todos os homens devem amar a paz. Todos devemos orar por uma vida tranquila.

Tudo isso é verdade, e ainda há uma guerra que vale a pena lutar; há uma batalha que deveríamos estar sempre lutando. A batalha da qual falo é a batalha contra o mundo, a carne e o diabo. Com estes inimigos nunca devemos estar em paz; desta guerra homem nenhum deve procurar estar desencarregado, enquanto ele estiver vivo.

Leitor, dê-me sua atenção por alguns minutos, e eu vou lhe contar algo sobre a grande batalha.

Todo cristão é soldado de Cristo. Ele é chamado, através de seu batismo, a lutar na batalha de Cristo contra o pecado, o mundo e o diabo. O homem que não faz isso, quebra sua promessa: ele é inadimplente espiritualmente; não cumpre o compromisso feito por ele próprio. O homem que não faz isso, está praticamente renunciando ao Cristianismo. O fato de que ele pertence a uma Igreja, frequenta um lugar de adoração e chama a si mesmo de cristão, é uma declaração pública de que ele deseja ser reconhecido como um soldado de Jesus Cristo.

A armadura é fornecida para o cristão, somente se ele for usá-la. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus”, diz Paulo aos Efésios, “estejam, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” (Efésios 6:13-17). E não menos importante, o cristão tem o melhor dos líderes, Jesus – o Capitão da salvação, através do qual podemos ser mais que vencedores e podemos ter o melhor das provisões, o pão e a água da vida, e o melhor pagamento prometido a nós,- um eterno peso de glória.

Tudo isso é remoto. Eu não quero me deter em explicá-las agora. O ponto em que eu quero chegar é esse: que, se você quer ser salvo, você não deve ser apenas um soldado, mas um soldado vitorioso.Você deve não apenas confessar lutar ao lado de Cristo contra o pecado, o mundo e o diabo, mas você deve, de fato, lutar e vencer.

Esta é a grande marca que distingue os verdadeiros cristãos. Alguns homens, talvez gostariam de se alistar no exército de Cristo; outros são preguiçosos e fracos na busca pela coroa da vida; mas só o verdadeiro cristão é quem faz o trabalho de um soldado. Somente ele conhece bem os inimigos de sua alma, verdadeiramente luta contra eles, e nessa batalha, os supera.

Leitor, uma grande lição que eu espero que você aprenda hoje é que, se você é nascido de novo e vai para o Céu, você será um soldado vitorioso de Cristo. Se você souber que não tem nenhum direito às promessas preciosas de Cristo, combaterá o bom combate pela causa de Cristo, e nessa luta, então você vencerá.

A vitória é a única evidência suficiente de que você tem uma religião salvadora. Você gosta de bons sermões, talvez; você respeita a Bíblia e até a lê ocasionalmente; você faz orações, noite e dia; você faz orações em família, e faz doações. E eu agradeço a Deus por isto; de fato, tudo isso é muito bom. Mas como vai a batalha? Como está o grande conflito em todo esse tempo? Você está superando o amor ao mundo e o medo do homem? Você está superando as paixões, o temperamento e as concupiscências do seu próprio coração? Você está resistindo ao diabo, e fazendo-o fugir de você? Como você está nessa questão? Meu querido irmão ou irmã, você deve se controlar, ou servir ao pecado e ao diabo e ao mundo. Não há meio termo. Ou você vence ou está perdido.

Eu sei bem que é uma dura batalha que você deve lutar, e eu quero que você saiba isso também. Você deve lutar o bom combate da fé, e suportar dificuldades, se quiser ter a vida eterna; você deve preparar a sua mente para uma luta diária, se quiser chegar ao Céu. Pode haver estradas curtas para o Céu inventadas pelo homem, mas o Cristianismo antigo, a velha e boa maneira, é o caminho da cruz: o caminho do conflito. O pecado, o mundo e o diabo devem estar realmente mortificados, resistidos, e superados.

Este é o caminho que os santos de antigamente pisaram, e deixaram seu registro nas alturas. Quando Moisés recusou os prazeres do pecado no Egito, e escolheu a aflição com o povo de Deus, isto foi superação: ele superou o amor ao prazer. Quando Miqueías se recusou a profetizar coisas agradáveis ​​ao rei Acabe, apesar de que ele sabia que seria perseguido se ele falasse a verdade – isto foi superação: ele superou o amor à vontade. Quando Daniel se recusou a desistir de orar, mesmo sabendo que a cova dos leões estava preparada para ele, isto foi superação: ele superou o medo da morte. Quando Mateus desprendeu-se do recebimento de impostos, por amor ao nosso Senhor, ele deixou tudo e O seguiu, isto foi superação: ele superou o amor ao dinheiro. Quando Pedro e João se levantaram corajosamente perante o Conselho e disseram: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido”, isto foi superação: eles superaram o medo do homem. Quando Saulo, o fariseu, desistiu de todas as suas perspectivas de honra entre os Judeus, e pregou sobre aquele Jesus, a quem ele mesmo, havia perseguido – isso foi superação: ele superou o amor ao louvor dos homens.

Leitor, o mesmo tipo de coisa que estes homens fizeram você também deve fazer, se você quer ser salvo. Eles eram homens com as mesmas paixões que vocês, e ainda assim eles as superaram; eles tinham tantas provações quantas qualquer um de vocês pode ter, e mesmo assim eles venceram. Eles lutaram, combateram, se esforçaram muito; você deve fazer o mesmo.

Qual foi o segredo da vitória deles? Sua fé. Eles acreditaram em Jesus, e acreditando, eles foram fortalecidos. Eles acreditaram em Jesus, e acreditando, foram levantados. Em todas as suas batalhas eles mantiveram seus olhos em Jesus, e Ele nunca os deixou ou abandonou. Eles venceram pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra de Seu testemunho, e assim você também pode vencer.

Leitor, eu coloco essas verdades diante de você: peço-lhe para deixá-las ir ao coração. Decida, pela graça de Deus, ser um cristão melhor. Eu temo por muitos cristãos professos: Eu não vejo neles nenhum sinal de luta, muito menos de vitória; pois eles nunca venceram uma batalha ao lado de Cristo. Eles estão em paz com seus inimigos: eles não têm nenhuma briga com o pecado. Leitor, eu advirto-lhe, isso não é cristianismo: este não é o caminho para o céu.

Homens e mulheres que ouvem o Evangelho regularmente, eu geralmente temo muito por vocês. Temo que vocês se tornem tão familiarizados com as doutrinas do evangelho, que insensivelmente vocês se tornem mortos para o poder dele. Temo que a sua religião afunde em uma conversa vaga sobre sua própria fraqueza e corrupção, e algumas expressões sentimentais a respeito de Cristo, enquanto a prática real de lutar ao lado de Cristo seja completamente negligenciada. Oh, cuidado com este estado de espírito! “Sede cumpridores da Palavra, e não somente ouvintes.” Sem vitória – sem coroa! Lutar e vencer!

Jovens, homens e mulheres, e especialmente aqueles que foram educados em famílias religiosas, temo muito por vocês. Temo que vocês tenham o hábito de dar lugar a toda tentação. Temo que vocês tenham medo de dizer “Não!” ao mundo e ao diabo, – e quando os pecadores te quiserem seduzir, vocês achem que é menos problema consentir. Cuidado, eu imploro a vocês, não dêem lugar. Cada concessão vai fazer vocês mais fracos. Vão pelo mundo decididos a lutar na batalha de Cristo, e lutem nesse caminho.
Crentes no Senhor Jesus, de cada Igreja e classe de vida, eu sinto muito por vocês. Eu sei que o curso de vocês é difícil: eu sei que é uma batalha árdua que vocês têm que lutar; eu sei que vocês muitas vezes são tentados a dizer: “É inútil”, e abaixar suas armas completamente.

Animem-se, queridos irmãos e irmãs: confortem-se, peço-lhes; olhem para o lado bom de sua posição. Sejam encorajados a lutar: o tempo é curto, o Senhor está bem perto, a noite já foi gasta. Milhões tão fracos quanto vocês lutaram a mesma luta, nem um sequer, de todos aqueles milhões, foram levados cativos por Satanás. Poderosos são os seus inimigos, mas o Capitão de sua salvação é mais forte ainda: Seu braço, Sua graça e Seu Espírito devem segurá-los. Animem-se: não sejam derrubados.

E se vocês perderem uma batalha ou duas? Vocês não devem perder todas. E se vocês enfraquecerem algumas vezes? Vocês não devem ficar abatidos. E se vocês cairem sete vezes? Vocês não devem ser destruídos. Vigiem contra o pecado, e o pecado não terá domínio sobre vocês. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Saiam corajosamente do mundo e o mundo será obrigado a deixá-los ir. No final, vocês devem encontrar-se mais do que vencedores: você devem superar.

Leitor, deixe-me tirar de todo o assunto algumas palavras de aplicação, e então eu terei terminado.

Por um lado, deixe-me avisar a todos os legalistas e hipócritas que tomem cuidado para que não sejam enganados. Vocês gostam de achar que vão para o céu porque vocês vão regularmente à igreja; vocês têm uma expectativa de vida eterna, porque vocês estão sempre à mesa do Senhor, e nunca faltam em seus bancos na igreja. Mas onde está o seu arrependimento? Onde está a fé de vocês? Onde estão suas evidências de um novo coração? Onde está a obra do Espírito? Onde estão as provas de que vocês estão lutando a grande batalha? Oh, cristãos formais, considerem estas questões! Tremam: tremam, e se arrependam.

Por outro lado, deixe-me avisar todos os membros descuidados das Igrejas para tomar cuidado para que não desperdicem suas almas no inferno. Vocês vivem ano após ano como se não houvesse nenhuma batalha a ser travada contra o pecado, o mundo e o diabo; vocês passam pela vida sorrindo, gargalhando, como cavalheiros ou damas, e se comportam como se não houvesse diabo, céu ou inferno. Oh, “homem da igreja” descuidado, ou dissidente descuidado, Episcopal descuidado, Presbiteriano descuidado, Independente descuidado, Batista descuidado, despertem e vejam as realidades eternas na sua verdadeira luz! Acordem, e vistam a armadura de Deus! Acordem, e lutem duro pela vida! Tremam: tremam, e se arrependam.

Leitor, a grande batalha deve ser combatida por todos os que querem ser salvos. E mais do que isso, ela deve ser vencida.


FONTE:
Traduzido de http://www.biblebb.com/files/ryle/great_battle.htm
Original em inglês: The Great Battle
Tradução: Patrícia Geiger e Hellen Rodrigues
Revisão: Armando Marcos
http://www.projetoryle.com.br/a-grande-batalha/#more-363

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