IPB reforça sua posição no programa Verdade e Vida
Rev. Roberto Brasileiro, Presidente do Supremo
Concílio da Igreja Presbiteriana participou do Programa Verdade e Vida,
respondendo questões sobre a polêmica Lei da Homofobia, conhecida como PL 122,
que traz discussões sérias dentro das Igrejas cristãs reformadas.
No Programa, dirigido pelo Presbítero Daniel
Sacramento, Rev. Roberto Brasileiro respondeu a algumas perguntas que refletem
a preocupação da comunidade presbiteriana, e esclareceu fatores de importância
fundamental na defesa da fé cristã e orientação Bíblica.
Já no início do programa, Rev. Roberto declarou que
não há sustentação Bíblica, ou mesmo na história da humanidade, para o
casamento homossexual. “Deus quando criou o homem, Ele
estabeleceu o homem masculino, a mulher feminina, e determinou que deveriam se
unir, se tornar uma só carne e a partir daí a raça humana teria seu
desenvolvimento natural. À luz das Escrituras Sagradas, a relação homoafetiva é
uma relação pecaminosa, porque ela destrói a própria natureza da pessoa, ela
elimina a possibilidade da pessoa exercer a vida dentro do princípio criacional
estabelecido por Deus”.
Na questão da PL 122, o Presidente do Supremo
Concílio da IPB disse que mesmo respeitando as liberdades de escolha, a Igreja
não pode aceitar a institucionalização de um ato pecaminoso. “Se
aceitarmos, nós estamos dizendo que é possível vir a abençoar, e isso não é
possível. Não podemos aceitar porque contraría o princípio bíblico, um
principio criacional e um princípio de formação de família. Então, a igreja
ficará sempre diante de uma situação de desobediência completa ao Estado, pois,
se o Estado tomar essa decisão, a Igreja dirá ‘nós não podemos acatar uma
decisão que determine que haja essa união’, porque nós não podemos abençoar
essa união”.
Muitos presbiterianos que acessam os canais de
comunicação da IPB têm manifestado sua posição no que diz respeito à PL 122.
Para Rev. Roberto Brasileiro, essa atitude deve mesmo permanecer, porque cada
cidadão cristão tem o direito de defender, civilizadamente, sua fé e
princípios.
“A igreja tem que ter a ousadia de pagar o preço de
ser Igreja e de cumprir a sua vida ministerial. A IPB adota como sua posição
oficial a não aceitação de casamento homoafetivo. Para nós, nenhuma relação
homoafetiva pode ser aceita, é um ato pecaminoso, contrário aos princípios
bíblicos e doutrinários de nossa Igreja”,
defende Rev. Roberto.
Quando questionado sobre o papel do cidadão neste
momento, Rev. Roberto conclama os cristão a cobrar de seus canditatos eleitos,
um retorno que responda às expectativas da Igreja. “Eu
creio que a Igreja deve orar e deve manifestar a sua vontade aos candidatos
eleitos pelo voto dos cristãos, seja esse candidato evangélico ou não. Devemos
mandar e-mails e devemos mostrar à sociedade a nossa posição e o porquê dessa
nossa linha de ação”.
Para o apresentador Daniel Sacramento, a posição da
IPB é muito importante para nortear os presbiterianos para que permaneçam em
seus princípios. “Nós não negociamos princípios,
não negociamos os princípios da palavra de Deus”, conclui.
Manifesto
Presbiteriano
Em abril de 2007, Rev. Roberto Brasileiro escreveu
uma carta intitulada Manifesto Presbiteriano, em que defendia os princípios da
IPB diante da criminalização da homofobia. No Portal IPB é possível encontrar o
texto na íntegra
(http://www.ipb.org.br/portal/noticias/504-manifesto-presbiteriano-sobre-aborto-e-homofobia),
mas a seguir, o leitor terá acesso aos trecho específicos sobre o assunto.
II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do
princípio que toda manifestação contrária ao homossexualidade é homofóbica, e
caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil
repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o
homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer
forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui
homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988
já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros;
(2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o
reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito
patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando
resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem
comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo
cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a
este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer
cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a
liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe
das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das
manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso
País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil
firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma
diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais
específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que
Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da
criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de
Cristo entendiam quea prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos
originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática,
a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei
da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do
homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza
maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que
minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente
pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender
que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas
orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento
ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir
mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre
todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar
o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.
Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do
Brasil
Fonte:
www.ipb.org.br