segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Templo da Igreja Presbiteriana foi queimado por extremistas Muçulmanos no Sudão.


IGREJA NO SUDÃO É DESTRUÍDA E MEMBROS SÃO HOSTILIZADOS
            
Mais de sete meses depois de extremistas muçulmanos queimarem seu templo, a Igreja Presbiteriana do Sudão (PCOS) ainda está com medo de se reunir para adorar a Deus, segundo fontes cristãs.

O reverendo Maubak Hamad disse que sua igreja em Wad Madano, a 138 quilômetros de Cartum, não conseguiu começar sua reconstrução desde 15 de janeiro, devido à devastação dos recursos da congregação. “Nada foi feito depois que a igreja foi queimada. Até agora ela não foi reconstruída”, disse ele à Compass.

Fontes cristãs disseram que estão cada vez mais temerosas com relação aos extremistas muçulmanos, que representam uma ameaça contra os cristãos, numa tentativa de transformar o Sudão no que eles chamam de “Terra do Islã”, eliminando o cristianismo do país.

“Os desafios enfrentados agora por muitos dos cristãos que vivem no Sudão são algo pelo qual precisamos orar muito, pedindo ao Senhor que intervenha”, disse outro líder de uma igreja do Sudão que pediu anonimato.

O edifício da PCOS em Wad Madano  foi incendiado, depois de uma série de ameaças contra a igreja, vindas de extremistas muçulmanos. “Essas atividades anticristãs continuam a crescer ainda mais hoje em dia, tendo como objetivo intimidar os cristãos do norte do Sudão”, disse o líder da igreja.

Os danos materiais contra o templo foram estimados em quase 2 mil libras sudanesas (US$ 740). Entre os itens destruídos há livros cristãos, bíblias traduzidas para as línguas da região, cadeiras, mesas e o púlpito.

“Os muçulmanos fizeram da nossa igreja um alvo, porque eles não querem na região nada relacionado ao cristianismo”, disse um membro da igreja.

Cristãos do norte do Sudão estão vivendo com medo desde que o sul do país se separou politicamente, em 9 de julho. Um mês depois de o Sul se separar do norte, que é predominantemente islâmico, as pressões sobre a igreja aumentaram muito, com grupos muçulmanos ameaçando destruir as igrejas e matar os cristãos, para ‘purificar’ o país, eliminando o cristianismo.

Um jornal anticristão do Sudão, que tem fortes ligações com o partido que governa a Coreia do Norte, defende que o norte do Sudão deve se tornar um estado puramente islâmico e árabe. O Al Intibaha é um jornal diário, bem conhecido por incitar os muçulmanos contra os cristãos no Sudão.

As hostilidades contra os cristãos vindas do governo começaram a aumentar no ano passado, após uma declaração do presidente Omar al-Bashir, em que ele afirmou que o governo iria ser baseado na Sharia (Lei Islâmica) e na cultura islâmica, tendo o árabe como língua oficial.
 

Fonte:
http://www.cpadnews.com.br/integra.php?s=12&i=10519&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Novo mapa das Religiões" revela: Cresceu o número de membros em Igrejas Tradicionais no Brasil.

Eu não havia ainda reparado para um detalhe que me parece muito interessante no "Novo Mapa das Religiões" no Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa foi publicada esta semana e trouxe grande repercussão em vários setores da mídia.

Há muitos pontos de interesse na pesquisa, que podem ser objeto de comentário e reflexão em outra ocasião. No momento, quero me referir somente a este, que é a constatação de que entre 2003 e 2009 o crescimento percentual dos evangélicos tradicionais (presbiterianos, batistas, luteranos, etc.) foi maior do que o crescimento percentual dos pentecostais (Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus, etc.). De acordo com o Estadão,

"A pesquisa também apontou estagnação da proporção de evangélicos pentecostais (de igrejas como Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus), que teve grande crescimento nos anos 1990, e aumento do evangélicos tradicionais (batistas, presbiterianos, luteranos, etc)."
A notícia comenta ainda:


"Neri [o pesquisador responsável] associa os avanços econômicos na última década ao aumento de 38,5% dos evangélicos tradicionais (de 5,39% a 7,47%), enquanto os pentecostais tiveram crescimento ínfimo, de 12,49% em 2003 a 12,76% em 2009".
Entendo que há um erro conceitual da pesquisa, que é colocar a Universal do Reino de Deus como sendo pentecostal, ao lado da Assembléia de Deus. Isso pode ter puxado o resultado para baixo, pois enquanto é sabido que a Universal de fato vem perdendo membros, pensava-se que a Assembléia continuava a crescer como sempre fez. A queda da Universal pode ter superado o crescimento da Assembléia e empurrado o percentual para menor. Reconheço também que o pesquisador identifica como a causa deste crescimento a melhoria econômica dos brasileiros. A lógica é esta, quanto maior o poder aquisitivo, maior a preferência pelas igrejas tradicionais. A conferir.


De qualquer forma, está registrada a retomada do crescimento do Cristianismo evangélico tradicional no Brasil, fato que já havíamos pressentido a partir da nossa observação informal do cenário brasileiro pelas redes sociais, encontros, grande mídia, eventos, etc.


Em termos absolutos, os pentecostais são muito maiores. Resta saber se os tradicionais serão capazes de fazer a diferença, agora que estão começando a crescer.
Por: Augustos Nicodemus Lopeshttp://tempora-mores.blogspot.com/2011/08/ue-e-igreja-tradicional-cresce-no.html

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

152 anos de Presbiterianismo no Brasil

Por Rev. Alfredo de Souza*

A Igreja Presbiteriana do Brasil comemorou neste dia 12 de agosto de 2011 os seus 152 anos de existência no Brasil, embora saibamos que a presença reformada em solo tupiniquim antecede, e muito, esta data. Pois foi em 21 de março de 1557 que houve a primeira Santa Ceia de orientação reformada no Brasil, mais precisamente na baía da Guanabara, ministradas pelo Rev. Pierre Richier e seu auxiliar, o Rev. Guillaume Chartier, pastores enviados pessoalmente pelo próprio João Calvino. Quase cem anos depois, entre os anos 1637 e 1644, o nordeste brasileiro viveu forte influência da Igreja Reformada quando a região de Pernambuco foi comandada por Maurício de Nassau. Portanto, a fé reformada ronda as nossas terras desde o século XVI, ou seja, há 454 anos.

Mas foi em 12 de agosto de 1859 que o Rev. Ashbel Simonton, missionário estadunidense, chegou ao Brasil para plantar a Igreja Presbiteriana. Seu ministério aqui foi de apenas oito anos quando veio a falecer de febre amarela aos 34 anos de idade. Mas foi o próprio Deus, em sua fidelidade, que plantou e preservou o povo presbiteriano brasileiro e hoje a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma grande e respeitada denominação.

Após toda esta trajetória vivenciada pela fidelidade pactual do Senhor Deus, seria oportuno refletir um pouco sobre a relevância da IPB em solo brasileiro e qual seria o seu legado. Acredito que os desafios são muitos, e há muita coisa boa a se imitar de nossos pais do passado. Por este motivo, quero destacar aqui apenas quatro desafios que devemos preservar como igreja no Brasil, existente na sociedade brasileira:

1) Fidelidade na pregação da Palavra. Durante a jornada do povo de Deus ao longo dos tempos, muitas foram, e ainda são, as tentativas de se esvaziar as Escrituras Sagradas de seu conteúdo básico. As heresias, as superstições e o humanismo buscam inserir ideologias enfraquecedoras da firme, irremovível e inabalável Lei do Senhor. E não há como negar a triste constatação de muitos pregadores presbiterianos que subscrevem tais idéias alienígenas à nossa única regra de fé e de prática. Por isso, nosso desafio continua em desmascarar todas as bravatas e sofismas que, em nome do pragmatismo ou do intelectualismo estéril, tentam desonrar a preciosa revelação divina. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar fiel na pregação da Palavra!

2) Comportamento ilibado pela santificação. O mundo está cansado dos teatros e das dissimulações decorrentes de igrejas que nada mais são do que sepulcros azulejados em picadeiros psicodélicos. É preciso compreender de uma vez por todas que o verdadeiro brilho diante das multidões não é aquilo que a carne, o mundo ou Satanás podem replicar. O verdadeiro brilho que ofusca as multidões é a vida de piedade e de obediência à Lei do Senhor Deus. Vidas impolutas, vidas santas! É disso que o mundo necessita para imitar. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar santa neste mundo depravado!

3) Engajamento na evangelização mundial. Esta obrigação que recai sobre cada crente é indiscutível. Neste sentido, é ato de infidelidade não se envolver com a proclamação das virtudes do nosso Deus aos pecadores. O próprio missionário Simonton, nosso pioneiro, foi um instrumento divino para a plantação de nossa igreja no Brasil. Ele mesmo foi desafiado à evangelização mundial por Charles Hodge e enviado ao Rio de Janeiro pela Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA), entidade que já mantinha vários postos missionários na Índia, na Tailândia, na China, no Japão e na Colômbia desde 1837. Este é o grande exemplo que temos dos nossos antepassados. Nisto devemos também ser fiéis. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar engajada na evangelização ao redor do mundo!

4) Coerência quanto aos parâmetros teológicos. Hoje em dia, o termo evangélico é sinônimo de superficialidade ou de polissemia doutrinária. Não há mais robustez teológica nem compromisso com a Verdade. O que se vê e o que se ouve são inovações nocivas ao zelo peculiar às práticas daquilo que pertence ao Senhor Deus e à sua Palavra. Um exemplo disto é a noção atual de autoridade, presente nos títulos esdrúxulos que identificam aqueles que intitulam a si mesmos como apóstolos, patriarcas ou arcanjos. Além disso, o liberalismo inoculado mansamente envenena a muitos contra tudo aquilo que prioriza os valores morais e éticos de Deus. Ou seja, relativiza o pecado para adequar a teologia às práticas prazerosas dos membros, dando-lhes conforto na depravação. Isso se vê no cotidiano, no discurso e nas liturgias lamentáveis. Não nos esqueçamos de que somos reformados, conseqüentemente possuímos uma teologia muito bem expressa por meio dos nossos símbolos de fé que, no ingresso à igreja, prometemos observar ao longo de nossa vida como crentes. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar coerente à sua teologia expressa em seus símbolos de fé!

É importante concluir dizendo que o conjunto destas práticas não deve ser visto como um fim em si mesmo, mas todas elas, assim como todas as nossas demais ações e pensamentos, devem ser unicamente para a glória devida ao nosso Deus, o motivo da nossa existência como igreja e o preservador desta obra até ao Dia do Senhor Jesus.

Que neste ano a mais de vida, que nas comemorações dos 152 anos de existência no Brasil, reflitamos sobre a nossa identidade e o nosso propósito neste mundo.

Sola Scriptura.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quem foi Ashbel Green Simonton?


Quem foi Ashbel Green Simonton?

Nasceu no sul da Pensilvânia e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Eram seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass (1791-1862), filha de um pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Os irmãos homens (William, John, James, Thomas e Ashbel) costumavam denominar-se os "quinque fratres" (cinco irmãos). Um deles, James Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu por três anos no Brasil e foi professor na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev. Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o Brasil.
Em 1846, a família mudou-se para Harrisburg, a capital do estado, onde Ashbel concluiu os estudos secundários. Após formar-se na Faculdade de Nova Jersey (a futura Universidade de Princeton), em 1852, o jovem passou cerca de um ano e meio no Mississipi, trabalhando como professor. Voltando para o seu estado, teve profunda experiência religiosa durante um avivamento em 1855 e ingressou no Seminário de Princeton, fundado em 1812. No primeiro semestre de estudos, ouviu na capela do seminário um sermão do Dr. Charles Hodge, um dos seus professores, que despertou o seu interesse pela obra missionária no exterior. Concluídos os estudos, foi ordenado em 1859 e chegou ao Brasil no dia 12 de agosto do mesmo ano.
Pouco depois de organizar a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, em conjunto com o reverendo Alexander Blackford, (12 de janeiro de 1862), o jovem missionário seguiu em viagem de férias para os Estados Unidos, vindo a casar-se comHelen Murdoch, em Baltimore. Regressaram ao Brasil em julho de 1863. No fim de junho do ano seguinte, Helen faleceu nove dias após o nascimento da sua filhinha, que recebeu o seu nome. Helen Murdoch Simonton, a filha única do Rev. Simonton. Com o passar dos anos, Simonton criou o jornal Imprensa Evangélica (1864), organizou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e fundou o Seminário Primitivo (1867), este último localizado em um edifício de vários pavimentos junto ao Campo de Santana.
No final de 1867, sentindo-se adoentado, o missionário pioneiro seguiu para São Paulo, onde sua irmã e seu cunhado criavam a pequena Helen. Seu estado de saúde agravou-se e ele veio a falecer no dia 9 de dezembro, acometido de "febre biliosa", conforme consta do seu registro de sepultamento. Seu túmulo foi um dos primeiros do ainda recente Cemitério dos Protestantes, no bairro da Consolação. Anos depois, foram sepultados perto dele os ossos do ex-sacerdote reverendo José Manuel da Conceição (1822-1873), o primeiro pastor evangélico brasileiro. Simonton e Conceição, um estadunidense e um brasileiro, foram os personagens mais notáveis dos primórdios do presbiterianismo no Brasil.

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