segunda-feira, 28 de março de 2011

               Reflexão
Conta a lenda, que certa vez uma mulher pobre com uma criança no colo, ao passar diante de uma caverna, escutou uma voz misteriosa que lá de dentro dizia: "Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não esqueça o principal. Lembre-se, porém de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará para sempre! Portanto, aproveite a oportunidade, mas não esqueça o principal..." A mulher entrou na caverna, e lá encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia em seu avental. A voz misteriosa então, falou novamente: "Você só tem oito minutos." Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou... Lembrou-se então, que a criança ficara lá dentro e que a porta estava fechada para sempre! A riqueza durou pouco, e o desespero durou para toda a vida. Pois é, o mesmo acontece às vezes conosco. Temos muitos anos para vivermos neste mundo e uma voz sempre nos adverte: "Não esqueça o principal!" E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida! Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto, que o principal vai ficando sempre de lado... Assim, esgotamos o nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial: “Os tesouros da alma”. Caro leitor, a luz deste pequeno conto gostaria que você respondesse para si mesmo dizendo o que o dinheiro tem significado para você? Lembre-se que lamentavelmente por amor ao dinheiro, muita gente tem negociado seus valores, vendido a moral e abandonado a família e não são poucos que em virtude disto tem perdido seu lar e seus filhos. Pense nisso!

quinta-feira, 24 de março de 2011


A Predestinação
Provérbios 16.4
O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.
João 13.18
Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.
Romanos 8.30
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
Efésios 1.4-5
assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
2 Tessalonicenses 2.13-14
Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
Poucas doutrinas suscitam tanta polêmica ou provocam tanta consternação como a doutrina da predestinação. Trata-se de uma doutrina difícil, que precisa ser discutida com grande cuidado e precaução. Apesar disso, trata-se de uma doutrina bíblica, com a qual temos de lidar. Não devemos ousar ignorá-la.
Praticamente, todas as igrejas cristãs têm algum tipo de doutrina sobre a predestinação. Isso é inevitável, visto que o conceito claramente se encontra nas Escrituras. Muitas igrejas, entretanto, discordam—muitas vezes veementemente — quanto ao seu significado. O ponto de vista metodista é diferente do ponto de vista luterano, o qual discorda do ponto de vista presbiteriano. Embora seus pontos de vista difiram, cada um deles está tentando chegar a uma sólida compreensão desta difícil questão de maneira apropriada.
Em sua forma mais elementar, a predestinação significa que nosso destino final, seja o céu ou o inferno, é decidido por Deus não somente antes de irmos para lá, mas até mesmo antes que tivéssemos nascido. A predestinação ensina que nosso destino final está nas mãos de Deus. Outra maneira de expressar isso é: Desde toda a eternidade, antes mesmo que nós existíssemos, Deus decidiu salvar alguns membros da raça humana e permitir que o resto da raça humana perecesse. Deus fez uma escolha— escolheu alguns indivíduos para serem salvos na eterna bênção do céu e escolheu passar por sobre outros, permitindo que sofressem as conseqüências dos seus pecados no tormento eterno do inferno.
A aceitação desta definição é comum a muitas igrejas. Para chegar ao âmago da questão, alguém deve perguntar: como Deus fez tal escolha? O ponto de vista não-reformado, defendido pela grande maioria dos cristãos, é que Deus faz essa escolha com base em sua presciência. Deus escolhe para a vida eterna aqueles que sabe que o escolherão. Esse conceito é chamado de visão presciente da predestinação, porque baseia-se na presciência de Deus quanto às decisões ou ações humanas.
A visão reformada difere no fato de que ela vê a decisão final para a salvação nas mãos de Deus, e não nas mãos do homem. Segundo este ponto de vista, a eleição de Deus é soberana. Não se baseia em decisões ou respostas previstas por parte dos seres humanos. Aliás, vê tais decisões fluindo da graça soberana de Deus.
O ponto de vista da Reforma afirma que nenhuma pessoa caída jamais escolheria a Deus por iniciativa própria. Pessoas caídas ainda têm livre-arbítrio e podem escolher o que desejam. O problema é que não nutrem nenhum desejo por Deus e não escolherão a Cristo a menos que sejam antes regeneradas. A fé é um dom que procede do novo nascimento. Somente aqueles que foram eleitos responderão com fé ao Evangelho.
Os eleitos escolhem a Cristo somente porque antes foram escolhidos por Deus. Como no caso de Esaú e Jacó, o eleito foi escolhido exclusivamente com base no beneplácito soberano de Deus e não com base em algo que tivessem feito ou desejado fazer. Paulo declara:
“E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela. O mais velho será servo do mais moço... Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Romanos 9.10-12, 16
O problema mais incômodo envolvendo a predestinação é que Deus não escolhe ou elege salvar todas as pessoas. Ele reserva para si o direito de ter misericórdia de quem quer ter misericórdia. Alguns membros da humanidade caída recebem a graça e a misericórdia da eleição. Deus ignora o restante, deixando-os em seus pecados. Os não-eleitos recebem justiça. Os eleitos recebem misericórdia.
Ninguém é tratado com injustiça. Deus não é obrigado a ser misericordioso igualmente com todos. É decisão dele o quanto será misericordioso. Mesmo assim, nunca pode ser acusado de ser injusto com qualquer pessoa (ver Rm 9.14,15).
Sumário
1. A predestinação é uma doutrina difícil e deve ser tratada com cuidado.
2. A Bíblia ensina a doutrina da predestinação.
3. Muitos cristãos definem a predestinação em termos de presciência de Deus.
4. A visão da Reforma não considera a presciência como uma explicação para a predestinação bíblica.
5. A predestinação baseia-se na escolha de Deus e não na escolha dos seres humanos.
6. Pessoas não-regeneradas não nutrem nenhum desejo de escolher a Cristo.
7. Deus não elege todas as pessoas. Reserva para si o direito de ter misericórdia de quem quer.
8. Deus não trata nenhuma pessoa injustamente.
Autor: R.C. Sproul
Fonte: Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã.



Igreja Presbiteriana do Brasil

sexta-feira, 18 de março de 2011

ESTUDOS NO BREVE CATECISMO



O SER DE DEUS E SEUS ATRIBUTOS

Quem é Deus? R. Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. Ref. Jo 4.24; Ex 3.14; Sl 145.3; 90.2; Tg 1.17; Rm 11.33; Gn 17.1, Ap 4.8; Êx 34.6-7.[i]

Introdução

            Quando um rapaz se interessa por uma garota, normalmente, o quê ele faz? Procura “saber”: quem ela é? Onde mora? Do que ela gosta? A partir daí, pode começar uma investida para conquista! Quanto um relacionamento de amizade ou de casamento, deve envolver um “conhecimento” muito mais profundo entre as partes, para que haja ajustes e entendimento. Em suma, todo relacionamento verdadeiro e duradouro deve envolver satisfação entre as partes, o que não acontece sem entrega e conhecimento. Desconhecimento revela falta de intimidade, falta de interesse e de entrega.
            Se isso é verdade quantos aos relacionamentos humanos, semelhantemente, ocorre em nosso relacionamento com Deus! É preciso conhecer Deus e a sua vontade. É assustador vermos tantos “cristãos” desinteressados em conhecer a Deus. Muitos em nossa nação dizem conhecer a Deus, mas não se preocupam em conhecer a Sua Palavra, o Seu Ser e os Seus Atributos. Duvido da fé do “crente” que se preocupa apenas em conhecer a Deus intuitivamente. Acredito que, se queremos servir a Deus, devemos conhecer a respeito do Seu Ser e atributos. Isso é o que veremos neste estudo.

I. A Natureza de Deus

A. “Deus é espírito” (Jo 4.24) - isso é afirmado claramente em João 4.24. Quando afirmamos isso, devemos ter cuidado para evitar erros, afinal, “criaturas” também são ou possuem espírito - ex. o Diabo é espírito, os anjos são espíritos, os seres humanos possuem espírito! Por isso, tenhamos em mente que, quando afirmamos: “Deus é espírito”, há uma distinção entre a natureza do Criador e as das suas criaturas.

B. Deus é Espírito Criador, “o Ser em Si”, o EU SOU, (Êx 3.14) - Ele é o único que possui a imortalidade em Si mesmo, ele não a recebeu de ninguém (1Tm 6.16). Os anjos são espíritos e os homens possuem espírito, mas são apenas criaturas, foram criados para a eternidade, não são eternos. Deus é espírito, eterno e criador.  A natureza espiritual de Deus é perfeita e sem limitações, ao passo que a natureza dos anjos e a natureza dos homens são limitadas. Definindo e ilustrando melhor a natureza espiritual de Deus, podemos dizer que por ser espírito, o Criador:

1. Não possui corpo, nem membros, nem fraquezas.
2. É invisível (1Tm 1.17).
3. Não está preso a um lugar.

II. Os Atributos de Deus

A. Costumamos classificar as pessoas através do que elas “revelam” da sua natureza. As “qualidades” demonstradas por alguém levam a classificá-la: como boa ou má, calma ou temperamental, caridosa ou egoísta etc. Os “predicados” e “adjetivos” são conhecidos, através das palavras e obras de cada um, sejam elas boas ou más.

B. Deus revela-nos suas qualidades nas Escrituras. As qualidades ou atributos divinos são as “perfeições” pelas quais Deus se revela. Deus é perfeito, e sendo assim, todos os seus atributos são perfeitos. Deus possui vários atributos. Os estudiosos cristãos, a partir da Escritura, classificam as perfeições divinas em:

1. Atributos Incomunicáveis - àquelas qualidades divinas que somente Deus possui. Nelas, Deus se revela como “Ser Absoluto”.
  1. Infinidade (Sl 139.7-8) – Deus é isento de toda e qualquer limitação, seja em suas qualidades, seja na relação espaço-tempo. Sendo assim, Ele é Onipresente (está em todo lugar), justamente por não está preso a lugar nenhum.
  2. Eternidade (Sl 90.2)– Deus é infindo quanto ao tempo, ou seja, ele sempre existiu e para sempre existirá. Deus não está sujeito ao tempo. Ver: Êx 3.14;
  3. Imutabilidade (Tg 1.17) – não há mudança em Deus, nem em Seus atributos, nem em seus propósitos e nem em suas promessas (Ml 3.6). Por quê isso? Por que Ele é Deus, é auto-existente e auto-suficiente, Ele não é “causado”; mas sim, a causa primária de tudo o que acontece. Ele não é condicionado por nada, nem ninguém (Sl 102.27).

2. Atributos Comunicáveis – àquelas qualidades presentes em grau infinito no Criador, dadas em proporção finita às suas criaturas. Nelas, Deus se revela “como Espírito Pessoal”. No Criador essas qualidades são infinitas, nas criaturas são limitadas. Podemos enumerar as seguintes:
  1. Conhecimento – somente Deus conhece, de maneira perfeita, desde toda a Eternidade, a Si mesmo e todas as coisas – tanto as reais quanto às possíveis. Ver: Sl 139.1-16; Is 46.10; Ez 11.5; At 15.18; Hb 4.13.
  2. Sabedoria (Rm 11.33) – é um aspecto do conhecimento de Deus. Ela não é a mesma coisa que conhecimento, mas está intimamente relacionada ao mesmo, principalmente, no que se refere ao Ser de Deus. O conhecimento se refere mais ao “conteúdo”, enquanto a sabedoria se refere a “prática”. Pessoas podem ser conhecedoras, no entanto, não serem sábias! Deus é conhecedor e sábio!
  3. Poder – Deus possui poder e domínio sobre todas as coisas. Jó 9.12; Sl 115.3; Rm 1.20.
  4. Santidade – Deus é completamente separado de toda e qualquer imperfeição moral, seja na sua natureza, seja na sua relação com as criaturas, seja nos seus propósitos etc. A santidade divina se manifesta em todos os seus atributos. Ver: Êx 15.11; Is 57.15; Os 11.9.
  5. Justiça – intimamente relacionada com a santidade de Deus. A idéia fundamental de justiça nos homens está relacionada ao apego ou subordinação àlei. Alguém pode perguntar: “Não existe nada maior do que Deus, então, como Ele pode ser justo, se não há lei para Ele se subordinar?” Na verdade, não existe um padrão de moral e justiça acima de Deus, mas Ele próprio é o supremo padrão de moral e justiça. A justiça divina “é a perfeição pela qual Ele se mantém [reto] contra toda violação da Sua santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é Santo.” L. Berkhof. Ver: Sl 145.17; João 17.25; Jr 12.1.
  6. Bondade – Deus é bom para com as suas criaturas (Sl 34.8). A Bíblia chega a dizer “Deus é amor” (1Jo 4.8). Alguns afirmam que o amor é o maior dos  atributos divinos, mas isso não é correto. Na verdade, nenhum atributo de Deus supera outro. Deus é infinito em todos os seus atributos. Ele não é mais bondoso do que justo, nem o contrário. A bondade de Deus se manifesta como:
i.              Graça – significa favor imerecido. Ela é o amor imerecido de Deus para com os que merecem a condenação (Ef 1.6, 7; 2.7-9; Tt 2.11; 3.4-7).
ii.            Misericórdia – é o amor para com os que sofrem angústia ou aflição, independente de seus merecimentos. (Lc 1.54; 72, 78; Rm 15.9; 9.16, 17; Ef 2.4).
iii.           Longanimidade (paciência) – é o aspecto do amor divino que o leva a suportar os ímpios, sendo tolerante e advertindo-o até o Juízo (Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20).
  1. Verdade – Deus é verdadeiro em Seu Ser intimo no que Ele se revela, e em sua relação com as Suas criaturas, especialmente o Seu povo (Nm 23.19; 1Co 1.9; 2Tm 2.13; Hb 6.17; 10.23). 


Conclusão

            Quando gostamos de algo ou alguém, basta saber informações sobre ele para nos sentirmos alegres ou felizes! Acredito que os cristãos deveriam sentir-se motivados a estudarem mais sobre o Ser de Deus e Seus Atributos, tão somente por amá-lo!  Mas, se alguém quer um motivo mais prático, eu agora dou: conhecer sobre o Ser de Deus e Seus Atributos ajuda na nossa fé e, consequentemente, na nossa caminhada! Por quê? Ora, por que nos leva a confiar mais ainda em Deus! Sinto-me motivado à oração quando lembro que o Deus que sirvo e adoro:
·         É Infinito – Ele é maior que tudo, até que os meus problemas; Ele está onde eu estiver, e onde eu estiver posso buscá-lo. Ele não está preso a um lugar, ou horário para agir!
·         É Eterno e Imutável – Ele sempre existiu, e continuará a existir, consequentemente continuará sendo sempre o mesmo para mim, e o Seu ser, propósitos e promessas permanecerão inabaláveis!
·         Conhece o que é melhor para mim, e o seu plano para a minha vida é sábio, santo e justo!
·          É poderoso para cumprir a sua vontade em minha vida!
·         É bom, amoroso, gracioso e misericordioso para comigo pecador, e por isso, eu posso ter esperança!
·         É verdadeiro – por isso, tudo o que ele prometeu cumprirá!




Rev. Andriel Cleber Santos de Araújo





S.D.G.


[i] Este estudo é baseado no Breve Catecismo de Westminster, Pergunta 04.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Confissão de Fé de Westminster

Da Igreja
I. A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas. Ef. 1: 10, 22-23; Col. 1: 18. II. A Igreja Visível, que também é católica ou universal sob o Evangelho (não sendo restrita a uma nação, como antes sob a Lei) consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos; é o Reino do Senhor Jesus, a casa e família de Deus, fora da qual não há possibilidade ordinária de salvação. I Cor. 1:2, e 12:12-13,; Sal .2:8; I Cor. 7 :14; At. 2:39; Gen. 17:7; Rom. 9:16; Mat. 13:3 Col. 1:13; Ef. 2:19, e 3:15; Mat. 10:32-33; At. 2:47. III. A esta Igreja Católica Visível Cristo deu o ministério, os oráculos e as ordenanças de Deus, para congregamento e aperfeiçoamento dos santos nesta vida, até o fim do mundo, e pela sua própria presença e pelo seu Espírito, os torna eficazes para esse fim, segundo a sua promessa. Ef. 4:11-13; Isa. 59:21; Mat. 28:19-20. IV. Esta Igreja Católica tem sido ora mais, ora menos visível. As igrejas particulares, que são membros dela, são mais ou menos puras conforme neles é, com mais ou menos pureza, ensinado e abraçado o Evangelho, administradas as ordenanças e celebrado o culto público. Rom. 11:3-4; At. 2:41-42; I Cor. 5:6-7. V. AS igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro; algumas têm degenerado ao ponto de não serem mais igrejas de Cristo, mas sinagogas de Satanás; não obstante, haverá sempre sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele mesmo. I Cor. 1:2, e 13:12; Mat. 13:24-30, 47; Rom. 11.20-22; Apoc. 2:9; Mat. 16:18. VI. Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus. Col. 1:18; Ef. 1:22; Mat. 23:8-10; I Ped. 5:2-4; II Tess. 2:3-4.

A Confissão de Fé de Westminster

Da Justificação
I. Os que Deus chama eficazmente, também livremente justifica. Esta justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em perdoar os seus pecados e em considerar e aceitar as suas pessoas como justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas somente em consideração da obra de Cristo; não lhes imputando como justiça a própria fé, o ato de crer ou qualquer outro ato de obediência evangélica, mas imputando-lhes a obediência e a satisfação de Cristo, quando eles o recebem e se firmam nele pela fé, que não têm de si mesmos, mas que é dom de Deus. Rom. 8:30 e 3:24, 27-28; II Cor. 5:19, 21; Tito 3:5-7; Ef. 1:7; Jer. 23:6; João 1:12 e 6:44-45; At. 10:43-44; Fil. 1:20; Ef. 2:8. II. A fé, assim recebendo e assim se firmando em Cristo e na justiça dele, é o único instrumento de justificação; ela, contudo não está sozinha na pessoa justificada, mas sempre anda acompanhada de todas as outras graças salvadores; não é uma fé morta, mas obra por amor. João 3:16, 18, 36; Rom. 3:28, e 5: I; Tiago 2:17, 22, 26; Gal. 5:6. III. Cristo, pela sua obediência e morte, pagou plenamente a dívida de todos os que são justificados, e, em lugar deles, fez a seu Pai uma satisfação própria, real e plena. Contudo, como Cristo foi pelo Pai dado em favor deles e como a obediência e satisfação dele foram aceitas em lugar deles, ambas livremente e não por qualquer coisa neles existente, a justificação deles é só da livre graça, a fim de que tanto a justiça restrita como a abundante graça de Deus sejam glorificadas na justificação dos pecadores. Rom. 5:8, 9, 18; II Tim. 2:5-6; Heb. 10:10, 14; Rom. 8:32; II Cor. 5:21; Mat. 3:17; Ef. 5:2; Rom. 3:26; Ef. 2:7. IV. Deus, desde toda a eternidade, decretou justificar todos os eleitos, e Cristo, no cumprimento do tempo, morreu pelos pecados deles e ressuscitou para a justificação deles; contudo eles não são justificados enquanto o Espírito Santo, no tempo próprio, não lhes aplica de fato os méritos de Cristo. Gal. 3:8; I Ped. 1:2, 19-20; Gal. 4:4; I Tim. 2:6; Rom. 4:25; I Ped. 1:21; Col. 1:21-22; Tito 3:4-7. V. Deus continua a perdoar os pecados dos que são justificados. Embora eles nunca poderão decair do estado de justificação, poderão, contudo, incorrer no paternal desagrado de Deus. e ficar privados da luz do seu rosto, até que se humilhem, confessem os seus pecados, peçam perdão e renovem a sua fé e o seu arrependimento. Mat. 6:12; I João 1:7, 9, e 2:1-2; Luc. 22:32; João 10:28; Sal. 89:31-33; e 32:5. VI. A justificação dos crentes sob o Velho Testamento era, em todos estes respeitos. a mesma justificação dos crentes sob o Novo Testamento. Gal. 3:9, 13-14; Rom. 4:22, 24.

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